Distúrbios da Ejaculação
A incapacidade de ejacular (anejaculação) geralmente é causada pela incapacidade de atingir o orgasmo (anorgasmia). Geralmente ocorre como parte da disfunção erétil.
Existem sete distúrbios sexuais ligados à ejaculação. Veja abaixo.
Existem sete distúrbios sexuais ligados à ejaculação
Diversos problemas podem fazer com que o homem não tenha um bom desempenho durante o ato sexual. Entre eles, estão diversos distúrbios de ejaculação que muitas vezes fazem com que o homem não atinja sua satisfação plena. A ajuda de um especialista pode ser crucial para investigar o problema e iniciar um tratamento adequado para o seu caso.
A ejaculação é um fenômeno físico, no qual ocorre a liberação do fluído seminal rico em espermatozoides. Usualmente ocorre na fase final do ato sexual em si ou na masturbação. Geralmente a ejaculação vem acompanhada também de uma intensa sensação de prazer, conhecida popularmente como orgasmo.
Um dos problemas mais comuns que está relacionado à ejaculação é a chamada ejaculação precoce, porém existem também outros distúrbios relacionados a ejaculação que podem incomodar e até mesmo insatisfazer o homem durante uma relação sexual.
Ejaculação Precoce
A ejaculação precoce é um distúrbio de fundo psicológico muito freqüente nos homens e provavelmente o distúrbio de fundo psicológico mais comum. A definição desse distúrbio feita pela Organização Mundial de Saúde não quantifica o tempo como critério deixando o conceito de “precoce” um tanto quanto subjetivo. A duração da fase de excitação leva em consideração fatores como idade, freqüência da atividade sexual recente, ansiedade com nova parceira ou situação sexual diferente do comum.
A ejaculação precoce ocorre de forma persistente com uma mínima estimulação sexual e antes, durante ou logo após haver ocorrido a penetração. É comprovado que as mulheres demoram um pouco mais a atingir o orgasmo e, se o homem chegar ao orgasmo muito antes da parceira, naturalmente ele perderá a ereção e não conseguirá fazer a companheira chegar ao clímax. A ocorrência da ejaculação precoce é mais comum na penetração vaginal do que no sexo oral ou anal e raramente observada durante a masturbação.
Há vários tipos de medicamentos para o controle da hipersensibilidade peniana. Para isso é necessário saber se a mesma é de origem primária (desde os primeiros relacionamentos sexuais) ou secundária (iniciada após um bom período de atividade sexual) o que altera completamente o tratamento.
O tratamento pode ser feito com terapêutica medicamentosa, drogas que auxiliem a ereção (somente nos casos em que se associam distúrbios de ereção), terapia sexual ou terapia psicológica.
Quando esse distúrbio ocorre desde os primeiros relacionamentos sexuais, chama-se de causa primária, e, quando ocorre somente após algum tempo da vida sexual, secundária.
Os tratamentos cirúrgicos, como a neurotripsia, auto-aplicações com medicamentos para dar ereção e o implante de próteses penianas são atualmente contra-indicados como tratamentos de ejaculação precoce (I Consenso Brasileiro de Disfunção Erétil, 1998).
O uso de medicamentos via oral para disfunção erétil ou drogas vasoativas intracavernosas não é recomendado em pacientes com ejaculação precoce exclusiva.
Ejaculação Retardada
Ejaculação retardada é menos comum no homem que a Ejaculação Precoce. A prevalência de se adquirir a ejaculação retardada em homens abaixo de 65 anos é de 3 a 4 %.
A ejaculação retardada pode ocorrer durante toda a vida do homem ou aparecer em determinada época. Pode ocorrer durante todas relações sexuais com varias parceiras ou pode ser intermitente em ocasiões especiais Boa parte dos homens com ejaculação retardada (aprox. 75%) pode se masturbar para ter o orgasmo mas muitos não conseguem orgasmo nem dessa forma.
Como todos os casos de disfunção sexual, homens com ejaculação retardada podem reportar altos níveis de stress pessoal, desinteresse sexual e ansiedade na performance sexual. Muitos homens com ejaculação retardada entretanto, têm a característica de não ter dificuldade em manter suas ereções normalmente porém mesmo assim informam insatisfação com a vida sexual..
São conhecidas algumas causas que levam à ejaculação retardada
Psicogênicas
Congênitas
Causas anatômicas: ex: a capacidade de ejacular é muito diminuída em pacientes com lesão raquimedular e depende do nível e grau da lesão.
Causas neurogênicas
Infecções
Problemas endócrinos
Efeitos colaterais de medicamentos
Questões culturais e/ou religiosas
Para o tratamento, procura-se identificar causas biológicas para essa disfunção, como medicamentos, diabete melito ou cirurgia pélvica recente e com isso otimizar o tratamento.
Um indicador desse problema é o fato do homem não conseguir uma ejaculação após 20 ou 30 minutos de relação ou chega a parar por cansaço e irritação. Depois de estudadas todas possíveis causas orgânicas, pode ser necessário um apoio de terapia sexual para solução do problema.
Ejaculação Retrógrada
A Ejaculação Retrógrada ocorre quando o homem atinge o orgasmo e ejacula para dentro da bexiga como conseqüência da falha do colo vesical em fechar durante a ejaculação e pode ter diversas origens:
Causas Anatômicas – Fatores congênitos ou adquiridos ex: ressecção endoscópica da próstata.
Fatores Neurológicos – lesões de medula, esclerose múltipla, neuropatias conseqüentes de diabetes etc.
Causas Farmacológicas – Efeito colateral de alguns medicamentos
Esse tipo de distúrbio de ereção pode ser confirmado pelo histórico de algum procedimento cirúrgico bem como por comprovação de esperma em simples exame de urina feito após a ejaculação. Conforme a origem do problema pode ser indicado um tratamento farmoterápico, ou cirúrgico. Ref: Standard Practice in Sexual Medicine – Hartmut Porst and Jacques Buvat O tratamento medicamentoso visa a produzir contração do colo vesical durante a ejaculação.
Ausência de Orgasmo - Anorgasmia
A anorgasmia é relativamente rara. Caso seja primária, quase que certamente é psicogênica, mas anorgasmia secundária pode ocorrer em pacientes com lesão da medula espinhal ou outras doenças neurológicas.
Ausência do Ejaculado
Falta de ejaculação pode ocorrer devido a anormalidades na produção ou estocagem do esperma, ou a condições que afetem o processo de expulsão. Causas psicológicas são comuns, mas, se um homem nunca ejaculou, deve-se suspeitar de uma causa orgânica. Anomalias congênitas como ausência de vesículas seminais ou glândula prostática, podem ser responsáveis, apesar disto ser muito raro. Há casos em que essa ausência provém de efeitos colaterais de cirurgias (tais como cirurgia para câncer) com dano ao tronco simpático. Prostatectomia radical quase sempre resulta em perda da ejaculação, apesar das secreções das glândulas para-uretrais poderem provocar pequenas emissões. As sensações orgásmicas são normais, porém não há expulsão do sêmen. Pacientes com neuropatia distais, especialmente diabéticos e portadores de outras doenças neuromusculares como esclerose múltipla, podem apresentar aspermia por falta de contração de epidídimos, deferentes, vesículas seminais e próstata. A ausência do ejaculado também pode ser devida à não formação de material necessário para ejaculação. Nos casos de ausência de ejaculado ou diminuição do mesmo deve-se avaliar a hipótese de ejaculação retrógrada.
Hemospermia (Hematospermia)
A presença de sangue no ejaculado costuma trazer muita preocupação ao paciente, porém normalmente é de caráter benigno. Nos homens jovens, com menos de 40 anos, pode ser devido a uma infecção do trato genital e aí deve ser tratada de acordo. Nos homens mais idosos, pode estar associado a cistos, cálculos de vias seminais, pólipos de dutos ejaculadores e vesículas seminais. Felizmente a incidência de adenorcarcinoma de próstata detectada com hemospermia é de apenas 1 a 3%. (*) Disfunção Sexual – Diagnóstico e tratamento – Prof. Dr. Miguel Srougi e Prof. Dr. Mario Paranhos.
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O objetivo do Instituto Paulista é tratar o paciente da forma mais completa possível, levando em consideração tanto o problema físico como o lado psicológico, e para isso tem uma equipe multidisciplinar, composta inclusive de Terapeutas Sexuais.